CAPACITAÇÃO
Quando não usar mapas mentais
Circunstâncias em que mapas mentais podem não ser a melhor
opção
Mais de um autor de mapas mentais sugere: “Use mapas mentais
para tudo”. Mas o fato é que, no mundo real, há mais fatores a serem
considerados. Veja neste artigo alguns critérios para avaliar melhor a aplicabilidade
de mapas mentais e não cair na armadilha de que “quem só tem martelo acha que
tudo é prego”.
Por Virgílio Vasconcelos Vilela
Desenvolvedor do EasyMapper - Editor e webmaster dos sites www.MapasMentais.com.br,
www.MindMapShop.com.br,
www.Possibilidades.com.br
- Autor do e-livro Modelos e Métodos para Usar Mapas Mentais.
Contato:
virgiliovv@uol.com.br
Incompatibilidade
estrutural
Custo-benefício
insuficiente
Opção
melhor para a representação
Outras
restrições
Conclusão
Incompatibilidade estrutural
Mapas mentais em essência constituem uma estrutura para
abrigar conteúdo, na forma de informação e conhecimento. Isso é análogo a uma
planilha, exceto que planilhas armazenam conteúdo em tabelas de duas dimensões,
enquanto que mapas mentais o fazem hierarquicamente.
O conhecimento possui uma estrutura por si e, para ser
inserido em outra estrutura, deve haver compatibilidade entre as estruturas.
Assim, a estrutura de partes, seções e capítulos de um livro é hierárquica e
pode ser representada naturalmente em um mapa mental, mas não ficará, nem
poderá ser trabalhada tão bem em uma planilha. Um conhecimento de natureza
sistêmica, com laços de realimentação, não ficará bem em um mapa mental por si.
Há exceções. Por exemplo, uma planilha pode ser
representada em um mapa mental, inserindo-se, por exemplo, as colunas em ramos
e repetindo as linhas em cada ramo como subtópicos deste. Um diagrama de um
sistema pode ser um tópico de um mapa mental.
Como regra geral, deve-se procurar representar
conhecimentos com a estrutura mais apropriada, a menos que a melhor ferramenta
não esteja disponível.
Custo-benefício insuficiente
Em certas situações, podemos ter opções. Por exemplo, o
planejamento de uma reunião pode ser passado aos participantes no texto de um
e-mail, como um mapa mental anexo a um e-mail, pessoalmente. Uma lista de
compras pode ser memorizada, rascunhada ou feita em mapa mental. Conforme o
caso, usar um mapa mental pode ser mais trabalhoso e menos eficiente.
Opção melhor para a representação
Mapas mentais são muito flexíveis, permitindo representar
vários tipos de conhecimento. Mas, mesmo quando aplicáveis, poderá haver um
recurso mais apropriado. Por exemplo, a representação de um procedimento ou
algoritmo pode ficar melhor em um fluxograma ou diagrama de atividades. Os estágios de um pedido de loja (incluído,
pago, cancelado) e suas transições podem ficar mais legíveis e compreensíveis
por meio de um diagrama de transição de estados.
Outras restrições
Em outros casos, restrições não técnicas podem surgir. Por
exemplo, usar um mapa mental pode ser o caminho mais curto para a representação
do conteúdo, mas pode ser inadequado para o público-alvo. Ou o tempo disponível
pode não ser suficiente para usa preparação.
Conclusão
Nossa diretriz é que não convém escolher mapas mentais nem
qualquer ferramenta a priori: como qualquer boa escolha, ela deve ser feita no
contexto, para o objetivo, para a finalidade e ajustada ao planejamento. Em
síntese, decisão caso a caso.
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